Crise de confiança no trabalho

O Brasil atual vive uma crise de confiança. Nossas instituições são cada vez mais desacreditadas, e nosso futuro parece cada vez menos inspirador. A emergência das redes sociais gerou a massificação das fake news, que, por sua vez, também desgastam o sentimento de confiança. O escritor venezuelano Moises Naím, em seu livro “O Fim do Poder” retrata esse processo com clareza. Instituições como governo e religião perdem prestígio e a consequência disso é a desconfiança generalizada. No entanto, segundo o Trust Barometer 2018, as empresas eram vistas como o melhor caminho para um futuro melhor, mas, a confiança nas mesmas diminuiu. Nesse cenário, você já parou pra pensar o quanto um funcionário confia na empresa que trabalha?
 
A confiança é um dos pilares fundamentais em todos os aspectos da vida, seja nos relacionamentos pessoais, no trabalho ou na sociedade em geral.
 
É importante destacar que a confiança dos funcionários não é estática e pode ser afetada por eventos e mudanças na organização. É responsabilidade da empresa trabalhar continuamente para construir e manter a confiança de seus colaboradores, pois isso está diretamente relacionado ao engajamento, à retenção e ao desempenho dos funcionários. Confiança é a base de tudo.
 
Quando um colaborador perde a confiança em seu ambiente de trabalho para poder restaurá-la é um processo delicado que requer tempo, esforço e paciência. Dessa forma, devemos reconhecer a chave do contratempo. Como também, ter uma comunicação aberta, discutir a situação de forma transparente.
 
Para restaurar a confiança, é importante reconhecer seus pontos falhos e os da empresa. Autoestima e entusiamo também é fundamental e inspira outras pessoas. Compartilhar informações como o objetivo e os propósitos da empresa. Além disso, ouvir o que seus colaboradores têm a dizer e o que agregar. A confiança se constrói aos poucos, e ela se fortalece com relações de ética e transparência. Atingindo assim a realização coletiva.